Os Matarazzo foram a família brasileira mais rica do século 20, quando seu nome tornou-se sinônimo de Riqueza; hoje, entretanto, não há nenhum Matarazzo na lista dos bilionários brasileiros.
Francesco Antonio Maria Matarazzo nasceu em Salerno, sul da Itália, em 1854; chegou ao Brasil em 1881, onde aportuguesou o nome para Francisco; no mesmo ano, abriu em Sorocaba seu primeiro negócio, uma empresa de produção e venda de banha de porco.
Em 1890 muda-se para a capital, onde funda a Companhia Matarazzo S.A., que importava trigo dos Estados Unidos. Em 1900, substitui a importação por um moinho, que seria base para o início de um império industrial, abrangendo produtos de consumo como trigo, tecelagem, alimentos, etc. e serviços, como o Banco Francês e Italiano.
Em 1917, em reconhecimento pelos recursos que enviou à Itália durante a Primeira Guerra (Francisco era um dos italianos mais ricos do mundo), recebeu, do então rei italiano Vítor Manuel III, o título de Conde. Francesco Matarazzo faleceu em 1937, e o comando dos negócios passou para Francesco Matarazzo Filho (Chiquinho Matarazzo), o segundo mais novo de seus treze filhos.
Na década de 1950, as Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo eram o maior grupo industrial da América Latina, comparável ao império construído no século anterior pelo Barão de Mauá; o emblema do grupo (imagem ao lado) falava em Fides-Honor-Labor, ou seja, Fidelidade, Honra e Trabalho. Leia essa reportagem da revista Época publicada em 1999 sobre o Império da Família Matarazzo.
No final do século 20, o aumento da concorrência comercial e as brigas familiares internas causaram a decadência do grupo; em 2007, foi alienado um casarão da avenida Paulista, que constituía o último bem patrimonial do grupo Matarazzo.
Isso não significa, evidentemente, que os Matarazzo tenham ficado pobres. Provavelmente os mais conhecidos membros da família são o Senador Eduardo Matarazzo Suplicy (Matarazzo por parte de mãe e Suplicy por parte de pai) e seu filho Eduardo “Supla” Suplicy (Marta Suplicy, ex-esposa do Senador, agregou o sobrenome Suplicy, mas não o Matarazzo).
Outro que tem algum destaque popular é André Matarazzo (nascido 1919, falecido 1964), neto do Conde e tio do Senador, que foi casado com a cantora Maysa; o casal teve um filho, o diretor de cinema e televisão Jayme Monjardim (atualização: a revista Veja 2096, de 21 de janeiro de 2009, publicou uma entrevista com Jayme Monjardim, na qual ele fala, entre outros assuntos, da sua relação com os pais; colocarei um link para a entrevista, assim que a revista torná-la disponível para não assinantes).
riquissimos
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